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Carta ao Trino Arakém – Tia Neiva

Mestre Nestor Sabatovicz, consagrado como 1º Mestre Jaguar e Executivo da Doutrina. Após o desencarne de Tia Neiva tornou-se responsável pela disciplina e o correto funcionamento de nossos Trabalhos. Desencarnou em 02 de outubro de 2004. Kazagrande


“Salve Deus, Nestor, meu filho Jaguar!
Jubilosa intimamente por tudo que tens me proporcionado no desenrolar de nossa missão, espero sempre, meu filho, que novos mundos, novos conhecimentos, sejam de bom aproveitamento.
Hoje temos muitos jovens como você, por isso vou narrar a linda passagem de um jovem, culto e de grande formação espiritual.
No grande Templo do Sol vivia o Conselho dos Sete. Todos pensavam que ali se registravam os grandes mistérios.
O nosso jovem personagem, valendo-se de seus poderes de príncipe daquele povo, foi, com toda a sua arrogância, bater à porta do Conselheiro, exigindo sua entrada e muitas explicações. Porém, o velho guardião bateu-lhe a porta no rosto! Frustrado e odiando aquele povo, voltou – e foi sempre a mesma coisa – até que, na sétima vez, ele teve medo de sua reação.
O guardião não lhe dava forças de reagir como ele gostaria.
Sentou-se num degrau e adormeceu.
Sonhou com o guardião, que lhe dizia docemente: “Meu Príncipe, lá fora teus homens te traem! Expulsei-te para que não morresses aqui. És arrogante demais e o teu povo quer te matar.
Há poucos sábios e muitos príncipes. Só saberás o meu Segredo dos Sete se tiveres a simplicidade de uma criança, a força de um leão, limpas as tuas mãos, o amor dos justos, a humildade e a tolerância das raízes das árvores. Então, entrarás no Conselho e visitarás o Templo Real!”
O sol se abatia sobre seu rosto suado quando abriu os olhos, sorrindo. Ouviu a porta abrir-se, mas não teve forças para se levantar.
Vendo o guardião de pé, à sua frente, gritou:
“Oh, meu mestre, salve os deuses! Fostes tu!… Reconheço os teus olhos… Como pude ser tão insolente?”
Beijando os pés do mestre, juntos choraram as lágrimas da redenção de uma nova Doutrina!
Assim, meu filho, nada recebemos sem o devido preço.
Jesus, o nosso Guardião, nos dá a contagem dos Sete Guardiões, por quem dorme em sua porta.
Carinhosamente, a Mãe em Cristo,
Tia Neiva em 9 de abril de 1978

Conduta Doutrinária – Kazagrande

É o conhecimento da nossa disciplina, exercida na nossa caminhada, como missionários dentro e fora dos Templos do Amanhecer. É a maneira correta de nos conduzirmos alicerçados nos ensinamentos do divino e amado Mestre Jesus.
“Fora da conduta doutrinária nós não podemos trilhar nosso caminho evolutivo, não há evolução individual do médium”.
Tia Neiva nos ensinou que o nosso conhecimento, é a nossa disciplina, e que esta nos obriga a uma maneira correta de nos conduzirmos na Vida, não só quando estamos no Templo, mas, sim, em qualquer lugar, a qualquer hora de nossa jornada.
Fora da conduta doutrinaria não podemos trilhar nosso caminho evolutivo na Doutrina, não há evolução individual do médium. Pela conduta doutrinaria adaptamos nosso temperamento às condições ambientais, familiares e sociais, certos de quem somos e o que pensamos, e assim se refletem em nossos pensamentos, palavras e ações.
Já dentro de sua conduta, o médium considera tudo de forma isenta de simpatias ou antipatias, transformando seus conceitos na verdade, honestidade e sensatez, pelo uso correto de seu discernimento.
Dentro da Conduta Doutrinária, iremos aprendendo a passar os bons e os maus momentos, harmonizando nosso comportamento, sem ilusões, nem mentiras.
As leis físicas que vos chamam a razão são as mesmas que vos conduzem a Deus. Pai Seta Branca
É através das nossas ações que nós nos aproximamos ou nos afastamos de Deus. E essas ações estão ligadas às Leis Físicas e a razão. A Lei Física é a lei do mundo da matéria, da constituição do nosso corpo e rege a nossa própria existência. Estamos nesta existência com a maior parte da nossa consciência voltada para a Lei Física. A razão direciona o raciocínio e abre as perspectivas para a verdadeira aplicação do livre arbítrio, permitindo que o espírito encarnado sofra as ações dos seus atos para a sua evolução.
Assim na terra como nos céus… Quando falamos em externar nossa conduta, significa que não apenas dentro do Templo se deve buscar o equilíbrio, a humildade, a tolerância e o amor. O conhecimento implica em assumir nossos atos, e buscar verdadeiramente, 24 horas por dia, a própria evolução. É compreender que terá que aplicar na prática diária o comportamento que já deve estar tendo dentro do templo. Por este motivo, nunca se questiona “quem é a pessoa” quando ingressa na Doutrina. O conhecimento vai libertando cada um de sua ignorância inicial, e aquele, que antes poderia estar na marginalidade, com o tempo, vai compreendendo a incompatibilidade do que realiza no templo, com o que possa estar fazendo de errado, fora dele.
Através de nossas ações é que mudamos nossa vida! Todos os dias devemos pedir o devido auxílio para zelar pelos nossos pensamentos, palavras e ações.
Kazagrande
Extraído do livro “Ao Centurião”

Mensagem do Ministro Ypuena – Kazagrande

A Seguinte mensagem foi gravada na Reunião de Componentes do Adjunto Ypuena em 12 de setembro de 2010. Abaixo republico um texto pertinente a este assunto, que postei no início deste Blog.

“Salve Deus meus filhos Ypuena!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Durante a minha vinda, a minha descida até a mansão hoje, passei por vários jaguares desencarnados, que gritavam, me pedindo que ensinasse a eles a lei do perdão.

O perdão é uma força desobsessiva, que faz, naquele que a exercita, a cura.

O perdão é o maior de todos os dons que o jaguar pode manipular reencarnado. Por isso, Jesus nos ensinou no Sermão da Montanha, base da Doutrina Crística, o Pai Nosso, aonde diz: “Perdoa as nossas dívidas se nós soubermos perdoar-lhes os nossos devedores.”

Eu temo meus filhos Ypuena, que alguns Jaguares, por não saber manipular a lei, a força do perdão, possam perder as suas reencarnações.

Jesus foi o símbolo, no orbe, nesse plano físico, que o perdão cura, o perdão constrói, o perdão faz curar os transcendentes dos que estão reencarnados sobre a lei física. Por isso meus filhos, Lucas, o apóstolo, descreve a crucificação do Cristo. “E Ele dizia em voz baixa e repetidas vezes: – Pai perdoa, eles não sabem o que fazem.”

Então meus filhos jaguares, meus filhos Ypuena, vamos exercitar o perdão aos nossos familiares, aos seus filhos, aos seus pais, aos seus vizinhos, porque o perdão é antes de qualquer coisa, a força maior que o jaguar pode doar a si mesmo.

E, como o exemplo começa em casa, eu quero que o Lacerda chame a sua ninfa à minha presença. (O Ministro Pede ao mestre Lacerda que peça perdão à ninfa Genis e fala também a ela para pedir perdão ao mestre Lacerda. Em seguida, o Ministro promove o pedido de perdão entre o contingente, que cada um peça perdão para os que estão ao seu lado, em voz alta).

Graças a Deus filhos! Salve Deus! Pai João já nos ensinou, há décadas: “Quando matamos, semelhamos aos animais, quando perdoamos somos a imagem e semelhança do Cristo.” Por isso essa força chamada perdão, está no povo Ypuena para manipular em favor dos cegos, dos mudos e dos incompreendidos.

Esse Povo Ypuena, dentro da casa do Pai Seta Branca, exercitando o perdão, cura.

Por isso filhos, vim até vós no dia de hoje, para que nós todos pudéssemos usufruir dessa força e manipularmos o perdão ensinado pelo Cristo.

Quero pedir, nessa oportunidade, que vocês mantenham a conduta doutrinária neste fim de ano, sob todas as formas.

Vamos passar por pesadas turbulências até a Benção do Pai Seta Branca e o povo Ypuena, mais uma vez, será a porta aberta para que nela entre o perdão àqueles que nos estenderem as mãos pedindo socorro. (O Ministro pede ao mestre Lacerda que faça a contagem. Após a realização da contagem, volta a falar).

Salve Deus Lacerda! A missão está cumprida! Está consumada! Estou colocando em suas mãos, filhos Ypuena, uma rosa vermelha. Ela vem do jardim do Pai Seta Branca, o Simiromba de Deus! Boa sorte filhos! Salve Deus!” CTPY -12/09/10

Perdão? – Todo mundo erra…

Você, certamente, já ouviu ou falou a frase: “todo mundo erra!”.

Essa afirmativa está correta, porque a terra é um planeta de provas e expiações, o que quer dizer que neste mundo não há ninguém perfeito.

A perfeição é uma meta que todos nós alcançaremos um dia, mas não pode ser encontrada no atual estágio evolutivo da humanidade terrestre.

Não é outra a razão porque todos ainda cometemos erros, embora muitas vezes tentando acertar.

Tudo isso é fácil de entender, dirão alguns. E mais fácil ainda é tentar justificar as próprias faltas com a desculpa da imperfeição.

Admitir, portanto, que cometemos falhas mais vezes do que gostaríamos, não é difícil. Também não é difícil tolerar os escorregões dos nossos afetos.

No entanto, se você admite que “todo mundo erra”, porque é tão difícil relevar as imperfeições alheias?

Porque é tão fácil justificar os próprios erros e tão difícil aceitá-los nos outros?
Se quebramos um copo, por exemplo, logo nos desculpamos dizendo que foi sem querer, e pode ter sido mesmo. Mas, se é outra pessoa que o faz, já achamos uma maneira de criticar, dizendo que é descuidada ou não prestou a devida atenção no que estava fazendo.

Se a esposa não conseguiu servir o almoço na hora que deveria, é porque ficou de conversa fiada com alguma amiga. Mas quando você é o esposo e não dá conta de entregar um serviço no prazo, é porque é um homem muito atarefado.
Quando o marido chega em casa nervoso e irritado, é porque está sobrecarregado de problemas, mas não desculpa se a esposa está impaciente por ter passado o dia todo ouvindo choro de criança e atendendo as tarefas da casa.

Se você é a esposa e tem seus motivos para justificar a falta de atenção com os filhos, em determinado momento, pense que seu esposo também tem suas razões para justificar uma falta qualquer.

Se você é filho e acha que está certo agindo desta ou daquela maneira, entenda seus pais, pois eles também encontrarão motivos para justificar seus deslizes.

O que geralmente ocorre, é que não paramos para ouvir as pessoas que transitam em nossa estrada. O que é mais comum, é criticar sem saber dos motivos que as levaram a se equivocar.

Se temos sempre uma desculpa para nossas faltas, devemos convir que os outros também as têm.

Se assim é, por que tanta inquietação com as ações que julgamos erradas nos outros?

Não tenho a intenção de fazer apologia ou defender o desculpismo, mas, simplesmente, chamar a atenção para o fato de que todos estamos sujeitos a dar um passo em falso. E por isso devemos, no mínimo, entender quando isso acontece.

Se todo mundo erra, temos mais motivos para a tolerância e o perdão.

E se ninguém é perfeito, mais razão para entender as imperfeições alheias.

Ou será que só nós temos o direito a tropeçar?

A terra é uma escola de aperfeiçoamento da humanidade.

As pessoas que aqui estagiam, estão se preparando para conquistar mundos mais adiantados, universidades mais avançadas.

Por essa razão, vale à pena prestar atenção no seu aproveitamento pessoal, e deixar aos outros o dever de cuidar dos próprios atos.

Pois a cada vez que deixamos o corpo físico, pela desencarnação, uma nova avaliação é feita e todos, sem exceção, receberemos conforme nossas obras.

Kazagrande

O Charme – Kazagrande

Por cerca de onze meses terrestres, quando se inicia o plano reencarnatório de um espírito, este percorre, acompanhado por seu Mentor, os lugares onde viveu suas encarnações anteriores, balizadas magneticamente pelos charmes que deixou. Pela energia destes charmes, o espírito escolhe sua mãe, seu pai, sua família, os amigos e os inimigos, e, até mesmo, a forma de seu desencarne. Prevendo as próprias vacilações, ele escolhe um futuro amigo, e protetor, que irá ajudá-lo em sua nova jornada.


Para efeito de melhor compreensão, o charme é a energia marcante da encarnação. O que gerou fortes vibrações durante sua passagem, suas atitudes em relação à família, à sociedade, e a tudo que fez parte da jornada terrestre. Pode ser positivo, e poderá ser aproveitado como energia curadora, ou negativo, alimentando obsessores. Um charme negativo é gerado pelos desequilíbrios causados, pelas dores que infringiu a outrem.
O sucesso ou o fracasso de uma encarnação vai depender muito destes charmes, de como o espírito irá manipular as energias kármicas deixadas por ele.
“O espírito entra no corpo e é invisível, no plano físico, porque não tem charme. Não tem charme antes do contato com a carne.
O charme é um átomo, uma energia que se refaz na Terra, na vibração da Terra, do aroma das matas, das águas…
O charme é uma energia. Por exemplo: se um disco, uma Amacê, desgovernar-se em direção à Terra, não irá cair como um avião e, sim, ficará se balançando a cerca de mil metros acima da faixa da Terra, porque não tem charme, átomos… Não sei bem, pois as entidades não me dão uma resposta decisiva!
A Amacê não cairia na Terra. Os espíritos não podem pisar na Terra. Aparecerem, sim; pisar na Terra, não! Afirmo, por isso, que nenhum disco baixa na Terra e leva passageiros, espíritos encarnados. Impossível!
O plexo físico é que traz a vibração, forma o charme e liga o espírito ao feto. O plexo físico é formado por energias do próprio planeta Terra. Por exemplo: o aroma das matas frondosas, das cachoeiras…
É o charme que se refaz das têmperas das pedras, do lodo, das campinas, dos mares…
Somos a centelha divina do Verbo encarnado…
Verbo encarnado, verbo luminoso!…
Tia Neiva, 11 de junho de 1984


Kazagrande
Extraído do livro “Ao Centurião”

O que falar no Angical? Kazagrande

O Angical é um trabalho da mais alta importância para o corpo mediúnico. Seria bom que pudéssemos participar de todos os Angicais do ano.
O Angical é uma oportunidade única de conversar abertamente com uma vítima do passado. Uma das maiores provas que um Doutrinador, ou um Apará, podem passar.
Inicialmente o Angical era restrito aos reajustes de nossa encarnação coletiva dentro da “Era dos oito”… Mas como o avinhamento do trabalho, e o crescente aumento de médiuns, muitos sem nenhuma ligação com esta passagem, espíritos de outras encarnações passaram a ter a oportunidade de encontrarem-se com seus devedores… Conosco!
Passei dias procurando o que escrever sobre este trabalho sem cair na mesmice das descrições de funcionamento, do ritual e da parte técnica, hoje, porém encontrei o que realmente nos falta.
Como comunicar-se com nossos cobradores!
Primeiramente o Preto Velho ou Preta Velha vai incorporar, dar sua mensagem e passar as primeiras informações sobre o espírito a ser recebido. Suas condições de revolta, de mágoa, sua atual situação… Nem sempre irá descrever a situação específica onde o desajuste ocorreu, pois demanda uma grande sintonia do Apará e uma segurança incontestável do Doutrinador, que normalmente está um pouco receoso sobre o que vai acontecer.
Ao chegar nosso irmãozinho, damos as boas-vindas, agradecemos a oportunidade, fazemos uma doutrina básica sobre o lugar, a missão desenvolvida e nossa atual condição, de espíritos encarnados em busca e a serviço da luz, que daquele momento em diante ele tem a oportunidade de falar. Não havendo uma comunicação imediata, deve-se voltar à doutrina, buscando sempre esclarecer que não somos mais as mesmas pessoas, que temos consciência que muito erramos no passado, e que hoje nossa missão é buscar reparar estes erros, mesmo sem saber exatamente quais são, devido a bênção do esquecimento pela reencarnação; estamos dispostos a encontrar uma forma de reajustar, de oferecer nosso trabalho como forma de auxiliar encontrar um mundo melhor do que aquele que por hora vive.
Normalmente esta segunda colocação, provoca o espírito a falar sobre suas atuais condições, e afirmar que você em parte, ou totalmente, é o culpado pela sua atual condição. Os relatos do irmãozinho têm duas finalidades: Primeiramente lhe fazer sentir culpado, arrojando sobre você a culpa de todas as desgraças pelas quais tenha passado; e, por segundo, a bendita troca de energias. Ao permitir que o espírito fale, ele coloca para fora suas energias pesadas dando espaço a receber toda a emanação de luz e amor, presentes na grandeza do trabalho de Angical. Por isso, durante todo o tempo de conversação, a limpeza de aura não deve ser esquecida, pode ser feita com menos frequência do que durante a doutrina propriamente dita, porém não pode ser deixada de lado.
Temos que ter a consciência de que nossa missão é encaminhar aquele espírito! Ele é o nosso paciente ali. Não importa o quanto de detalhes ele irá fornecer sobre nossa encarnação passada. Isso é o que menos conta, pois ele sempre dará a sua própria versão, e aproveitará a oportunidade para nos culpar de tudo, esquecendo suas próprias falhas, e o que ele possa ter feito para contribuir com sua atual situação.
O esclarecimento de que, ele pode sim, ir para um lugar melhor, é importante. Deixar claro que a oportunidade chegou, que pelas bênçãos de Deus este reencontro tem a finalidade de proporcionar-lhe uma passagem de reencontro com o perdão.
Não fique pedindo perdão, você não tem a consciência de seus atos passados, mas esclareça que todos temos os nossos erros, e nossos cobradores. Somente semeando o perdão é que podemos pedir perdão aos outros aos quais devemos. Assim, ele poderá compreender que, em algum momento, ele também se encontrará com seus próprios cobradores, e a atitude dele ao perdoar seus devedores também será levada em conta.


Não se trata de convencer o espírito a lhe perdoar. Isso seria uma atitude egoísta. Sua missão é encaminhá-lo, é fazer ver que a atual condição dele não é boa, e o etérico não é seu lugar. Ele é um espírito que, acima de qualquer coisa, ainda tem em seu peito a centelha Crística que brilha, mesmo escondida pela capa de energia pesada que o envolve neste plano ao qual não pertence.
Aos poucos, vá mostrando que você hoje é uma pessoa diferente. Que, embora assuma que tem muitas falhas, colocou-se a caminho de Deus. Que deseja sinceramente tornar-se uma pessoa melhor e sente que ele também merece esta oportunidade, de ir em busca de uma vida melhor.
Algumas vezes o espírito tem alguma hierarquia no plano em que vive. Esse é um ponto delicado. Pois seu temor de perder as conquistas que teve no etérico, adquiridas normalmente através de muita dor, pode fazer com que ele se recuse a seguir para a luz. Imagine que um general não irá aceitar tornar-se um mero soldado do “outro lado”.
Esta recusa, por parte do espírito, tem uma contra argumentação bastante efetiva: Fale de você! Mostre que sendo você a pessoa que o feriu, que o magoou, que era talvez bem pior do que ele, conseguiu voltar-se para Deus. Obteve a oportunidade da reencarnação para esta bendita escola e hoje, ainda encarnado, sente que vale a pena ser um soldado da Luz. Agora passo a passo vai conquistando sua hierarquia também na luz. E sem os dramas, dores, perseguições que se passam quando se está no etérico.
Fale que na Luz se pode confiar. Não existe o perigo eminente da traição. Daqueles que hoje ocupam um posto inferior e que esperam ansiosamente uma forma de derrubá-lo. Na Luz a fraternidade é real, a conquista é meritória e o amor é que impulsiona a todos! Desperte neste irmão a vontade de viver de uma forma diferente. Sem a tensão do dia a dia que enfrenta.
Durante este tempo todo de conversação, permita ao irmãozinho ir falando, argumentando, nunca se revolte ou coloque qualquer sentimento negativo. Assuma os erros, independentemente de serem reais ou engrandecidos por ele. Sinceramente você não faria tudo de novo, porque acredita no caminho que agora trilha e lhe faz uma pessoa melhor. Continue limpando sua aura e tendo em mente seu objetivo principal de amar incondicionalmente aquele que lhe foi enviado!
Este amor, ao conversar, ao doutrinar, ao limpar a aura, ao falar com segurança é o último a ser abordado. É a Chave de Ouro para encerrar o trabalho! Afinal, todos desejam ser amados. Encontrar seu grande amor perdido em alguma das estradas de nossas muitas vidas. Falar deste amor, da necessidade de poder confiar, da paz!!! Sim, isto realmente comove o espírito. Pois são sentimentos que ele não desfruta e sente seu coração clamar por eles. Desperte nele a vontade de ir em busca deste tempo perdido! De voltar a amar! A confiar e redescobrir o sentimento de paz, de verdadeira paz que há tanto tempo não sente.
Explique que ele tem o livre arbítrio. Que não é obrigado a nada que não queira, desta forma ele deve dar a si mesmo a oportunidade, de ao menos ir conhecer o outro lado. Que se ele não gostar… Que volte para onde está! Mas que ao menos vá conhecer o que deixou para trás.
Ao sentir a aceitação, ao sentir que despertou neste irmão sua vontade de reparar o tempo perdido, coloque toda sua emoção, todo seu amor e finalize a doutrina pedindo por ele! Deseje boa sorte, e que Deus Pai Todo Poderoso ainda permita um dia se abraçarem nos Planos Espirituais.
… Oh! Obatalá…
Muitas vezes, ainda no meio da conversação, nosso irmãozinho pode recusar-se a continuar ouvindo, e o Preto Velho voltar. O mentor responsável por este trabalho irá lhe auxiliar a como conduzir o restante da conversação, orientando e explicando o que ainda falta ser dito, ou mesmo corrigindo algum relato feito na versão do irmãozinho. Isso para tranquilizar e trazer a segurança na conclusão do trabalho.
Então trará de volta nosso irmão para a conclusão.
Também para o encerramento, a Entidade vem trazer sua bênção e recomendação final.
Meus irmãos e irmãs, queria descrever a parte técnica deste trabalho, mas achei que todos já devem ter lido e relido as Cartas de Tia Neiva sobre o Angical, já devem ter escutado muitas observações sobre como começar e encerrar, e também já decorado toda a ritualística. Logo me restava falar sobre a comunicação com nosso irmãozinho. Este é o verdadeiro objetivo! Vejam que nossas oportunidades para isso são poucas. Além do Angical, apenas excepcionalmente em alguns trabalhos de julgamento, e nos Tronos Milenares, é que podemos ter esta grandiosa oportunidade.
A restrição das comunicações com espíritos chamados sofredores, é justamente em virtude da necessidade de grande preparação para este evento. Somente 12 trabalhos por ano! Enquanto não se sentir devidamente preparado para doutrinar, ou receber um espírito, que poderá apresentar as mais diversas argumentações, e até mesmo desestruturá-lo com seus relatos, você pode continuar na Mesa do Angical. Lá passam os mesmos espíritos, só que já preparados pela Espiritualidade, pelos seus Mentores, para receber a doutrina daquela forma específica.
Para formar um par no Angical deve-se ter a consciência da responsabilidade que é esta comunicação. A oportunidade única de dialogar e colocar em prova toda sua experiência doutrinaria!
Um trabalho essencial para os que desejam evoluir dentro da doutrina, compreendendo as próprias falhas sem deixar baquear-se por elas.
Kazagrande
Extraído do livro “Ao Centurião”

Xingu – Kazagrande

Xingu é um rio afluente direito do baixo Amazonas. Nasce no Estado de Mato Grosso e sua extensão é de aproximadamente 1.980 quilômetros dos quais somente 180 são navegáveis devido às corredeiras. Seu leito se faz presente além do Estado de Mato Grosso, no Pará e, em sua maior extensão, no Estado do Amazonas. Em algumas regiões compreendidas pelo curso do Xingu, até pouco tempo atrás, havia tribos de indígenas que ainda não tinham mantido contato direto com a civilização e, mesmo nos dias atuais, o relacionamento é cuidadosamente mantido sob o manto da prudência.
Destas tribos, particularmente, Tia Neiva nos esclareceu sobre duas que sabemos tratar-se de velhos contemporâneos Jaguares, reencarnados nesta primitiva condição por suas necessidades kármicas na Lei de Causa e Efeito.
Há anos, objetivando uma preparação, a Clarividente começou a promover “visitas” em meio a estas tribos, iniciando um trabalho doutrinário que culminaria em nosso tempo nos alicerces para a realização do Trabalho de Sessão Branca.
Quando nossa Mãe Clarividente iniciou os primeiros contatos, comentou que estas tribos viviam no sopé de uma montanha, com um detalhe extremamente singular: o de possuir em seu meio, no cimo, um “Espelho D’água” de considerável dimensão. No transcorrer de outros contatos, verificou, também, que as tribos mudavam constantemente de localização embrenhando-se mata adentro, motivadas pelos rumores da aproximação do “Homem Branco”. Outro fato importante a ser registrado, é que as duas tribos, aqui mencionadas, viviam em guerra, e a partir das “manifestações” da Clarividente, a paz entre foi atingida.
Finalizando este breve histórico, esclarecemos que a Sessão Branca é uma grande bênção de Deus, que permite a manipulação de forças importantíssimas, tanto para os Médiuns da Corrente, como para estes nossos irmãos que vêm portadores de Energia Transcendental, força das matas, recebendo em troca os valores de forças doutrinárias – desobsessivas.
O trabalho de Sessão Branca, ou Xingu, é um trabalho muito importante para o Mestrado, porque tem ele a capacidade de reabastecer o mestre, de renovar suas energias.
É um trabalho onde incorporam índios encarnados, que ainda não tiveram contato com o mundo civilizado. A incorporação dura em média 15 minutos e os Aparás incorporam com as mãos fechadas.
No trabalho de Sessão Branca os índios recebem o nosso ectoplasma iniciático e nós recebemos deles as energias puras das matas frondosas.
Tem a finalidade de trocar ectoplasma e energias. Por isso a necessidade de habilidade do Doutrinador em tentar entabular um diálogo. A energia se desprende pela conversação e pelos “gritos de saudação e despedida” que emitem.
Nesse trabalho o médium se reabastece da força vital, da força do Xingu.
Kazagrande
Extraído do livro “Ao Centurião”

O Registo dos Bônus – Kazagrande

No encerramento do Trabalho Oficial emitimos (ou melhor, deveríamos emitir) o mantra Noite de Paz. Falo “deveríamos”, porque infelizmente a maior parte dos médiuns foge desta nobre obrigação, de ficar por mais alguns instantes e colher boa parte dos frutos de sua jornada de trabalho mediúnico.
No encerramento dos trabalhos é que se registram as participações, é onde se anotam os bônus daquela jornada. Sua presença é fundamental!!! Não é apenas uma formalidade. Em nossa Doutrina tudo tem um porquê, e fugir desta fonte de luz é no mínimo uma irresponsabilidade. Uso o termo “fugir”, buscando a sinceridade, afinal, nada vai se alterar tão drasticamente em nossa vida, por conta destes minutos a mais.
Quando se aproxima o momento do encerramento, a fila na Pira cresce assustadoramente, e já presenciei os comandantes, após um dia inteiro de dedicação a nobre missão, encerrarem sozinhos o Trabalho Oficial.
Será que para a Espiritualidade tudo está bem desta forma? Na hora de agradecer esta oportunidade e de registrar os bônus, onde estão os Mestres e Ninfas? Tomando o último café? Gastando os bônus que deveriam receber com conversas improfícuas nos banheiros e vestiários?
Poucas são as ausências verdadeiramente justificadas, daqueles em que o horário da condução impede que continuem até o fim. Na verdade, na maioria das vezes é a carona de outro mestre impensado, que obriga ainda mais um irmão a deixar de lado um momento tão solene e nobre.
Não creio sinceramente que seu Preto Velho, sua Princesa, seu Cavaleiro, já tenha ido embora e abandonado o momento sublime do “Noite de Paz!”.
Somente no incomensurável momento do encerramento da jornada mediúnica é que temos algum direito real de pedir! Sim, pois tantas vezes erguemos nossos braços, e nossa voz, para pedir sem nada ter feito para merecer. Enquanto, no momento ideal para isso, na hora de anotar os bônus do que efetivamente haveria realizado por amor, onde está você? O que está priorizando nesta hora? Vai deixar para pedir e agradecer amanhã, quando os problemas voltarem a bater na sua porta?
Salve Deus! Mais uma vez falo primeiramente para mim mesmo, para que fique registrado este compromisso que assumo, de quando colocar-me a disposição da espiritualidade para uma jornada, cumpri-la até o fim, sem arrumar nenhuma desculpa ou preguiça, e sentir o ânimo, o vigor, a benção do “Noite de Paz”.
Kazagrande
Extraído do livro “Ao Centurião”

Rama 2000 – Kazagrande

Salve Deus! Esta cartinha de Tia Neiva parece um pouco esquecida. Foi escrita em 4 de fevereiro de 1985, último ano de Tia encarnada entre nós.

JURAMENTO DA CONSAGRAÇÃO DOS RAMA 2000:

Jesus!

Venho nesta bendita hora, compungido, receber o alimento do meu Sol Interior, que me harmoniza e me ioniza nesta jornada, fazendo-me Jaguar entre o Céu e a Terra, iluminando-me para o que é bom e o que não é.

Nesta Consagração, a força do movimento esotérico me faz viver em Deus Pai Todo Poderoso!

Oh, Jesus, quero a paz interior do meu espírito!

Vivo no físico e não posso parar.

Conservo a Tua mensagem quando nos dissestes: “A mil chegarás; de dois mil não passarás!”

Hoje, recebo esta força básica em que fizestes esta Cruz de Ansanta, das minhas heranças transcendentais, e colocastes essa perfeição na harmonia do meu plexo físico, fazendo-me encontrar comigo mesmo.

Estou na vida de Deus, vivendo Nossa Senhora.

Aqui ficará o meu crepúsculo e partilharei o meu rincão e o meu amor incondicional.

Dá-me força, Jesus, para que eu possa romper esta triste desarmonia dos que não Te conhecem!

Sinto-me Jaguar da última hora.

Enfrentarei povos e mundos designados ao Cavaleiro Verde, ao Cavaleiro Especial.

Salve Deus!

Tia Neiva em 4 de fevereiro de 1985

Sem Covardia – Kazagrande

A covardia é um dos piores sentimentos do ser humano.
A covardia em decidir nos impede de mudar, de aceitar os novos caminhos, nos impede de evoluir!
Medo e covardia são diferentes.
É natural ter medo, mesmo que seja um sentimento nefasto, o medo alia-se a autopreservação, presente em nossa natureza humana, mesmo assim ainda é um sentimento negativo, se encarado como restrição às necessárias mudanças.
A covardia é o medo personificado na falta de ação, na indecisão e falta de perspectivas.
O medo, em si, não é a covardia, é o sentimento que a faz prosperar em nossa mente. O medo, se delimitado, pode proteger e trazer a sabedoria de uma decisão, mas, se ele nos conduz a insana indecisão, torna-se o mais fértil adubo da covardia.
Quem sente medo, mas, mesmo assim, segue adiante e decide, descobre a valentia.
Quem sente medo e o ignora, mergulha na irresponsabilidade!
Quem encara sempre sem medo, será sempre imbecil ou irresponsável.
Eu tenho medo, mas ele não me domina.
Ele me instrui, me previne, mas jamais tolhe minhas decisões.
Kazagrande

Um Espírito Milenar – Kazagrande

“Olha meus filhos, em Cristo Jesus, eu fiz aqueles dois Tronos ali (apontando para os Tronos Milenares, ao lado da imagem de Pai Seta Branca), assim naturalmente, nós batizamos como Tronos Milenares… Junto aos olhos de Pai Seta Branca. Ali se recebem Espíritos Milenares… muitos que vêm dessas tiranias, da escravidão, Senhores de Escravos, assim, ex-combatentes, ódio, velhos Generais dessa guerra, Espíritos de Roma, Egito…” Tia Neiva em gravação sem data.
Falar dos Tronos Milenares é considerar primeiramente o alerta de nossa Mãe Clarividente: “são espíritos milenares, muitos dos tempos de Roma, do Egito, de antes de Cristo”.
Não vamos ali para “conversar com nosso cobrador”! O espírito que está ali vive por séculos dentro do Plano Etérico da Terra! Desvendou os mistérios da magia horizontal e especializou-se no agregar de forças do magnético animal e manipulação de outros espíritos. Sua a Lei é o “toma lá, dá cá – dente por dente, olho por olho”. Verdadeiros magos negros, manipuladores de consciências, reis de cavernas e senhores de legiões de espíritos. Atuam em povos inteiros, em tragédias de grande alcance que desprendem uma quantidade indescritível de energia a ser aproveitada dentro do etérico da Terra.
Não vão ouvir sua voz melosa falando de Jesus! Para eles Jesus foi um fracassado que morreu sem cumprir sua missão. A maioria reconhece e respeita a Deus. Certa vez uma entidade destas chegou aos Tronos, frente a dois Arcanos e antes de qualquer coisa disse: “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”. Desmontou os médiuns na hora e quase saíram dali doutrinados, ao invés de cumprir a missão que se propuseram.
Para enfrentar um Trabalho como esse, requer um longo preparo e ainda muita disponibilidade para continuá-lo, pois dificilmente ele terá fim em um único encontro. O Trino Araken contava que havia um espírito destes, que já doutrinava há décadas, e não via quase nenhuma possibilidade de encaminhá-lo, pois embora ele até desejasse, temia pela vingança de tantos que já havia destruído.
Somos muito pequenos frente à experiência milenar destas entidades imersas por milênios nos submundos. Respeitá-los é o primeiro passo, e se não houver conteúdo para conversar, que não os incomode! É bastante arriscado perturbar quem você não tem condições de sequer encarar.
Não adianta intelectualizar a prosa, pois uma conversa intelectual normalmente é aborrecida e eles não têm tempo a perder. A única arma capaz de sustentar um encontro destes é o verdadeiro amor! Não importam tanto as palavras, mas sim a emanação com a qual vêm revestidas. Se existir um pingo de vaidade na solicitação deste encontro… Salve Deus! Será descoberta e provavelmente exposto ao ridículo! Ou ainda pior, será manipulado pela própria energia e ingressará nas sombras da aura de um ser muito poderoso.
O Trono Milenar é um poderoso portal de desintegração onde recebemos, para doutrinar e para evangelizar, sábios e sagazes espíritos de antigos cientistas, reis, líderes religiosos e políticos, chefes de numerosas legiões.
São convidados pela Espiritualidade Maior, e nossa atenção deve ser redobrada com esses espíritos. Pois eles procuram nossos pontos fracos para nos conduzir para sua influência, e, se possível, passarmos a ser seus seguidores. Não se pode medir forças! Além da vaidade, a arrogância é um sinal que detectam com facilidade e usam contra você mesmo.
Somente a real pureza das intenções e o amor incondicional pela missão é que podem conduzi-lo ao caminho para algum sucesso.
Ir buscar um “cobrador” nos Milenares??? Salve Deus! Somente um insensato faria isso! Pode até ser que um espírito destes tenha um reajuste com você, mas pode ter certeza de que, face ao império que hoje ele comanda, você é o menor de seus problemas. Um espírito milenar não fica preocupado com pequenas cobranças do passado, tem uma legião, uma caverna ou um reino para administrar!
Por tanto… Não vá em busca do que ainda não está preparado para enfrentar. Quando a hora chegar, e “se” ela chegar, tudo acontecerá naturalmente e a missão se delineará de maneira clara.
Os espíritos são convidados, pela Espiritualidade Maior, para conhecerem nossos trabalhos e nosso Templo. Conduzidos por IFAN, o Cavaleiro Ligeiro, não são obrigados e nem conduzidos à força, mas, sim, atendem a um convite e, portanto, devemos recebê-los como convidados de honra.
Não podem entender nosso trabalho, pois desconhecem o Amor, a Tolerância e a Humildade!
Reafirmando: Nos Tronos Milenares não se vai “procurar um cobrador pessoal”! Para doutrinar seu “cobrador”, caso tenham merecimento, o Angical será o trabalho correto.
Condições mínimas para trabalhar nos Tronos Milenares
Os Mestres devem ter cursado Curso de Sétimo Raio* e é indispensável a presença de um Trino ou de um Arcano. No lado da mão direita de Pai Seta Branca estão os Tronos para trabalhos com Ajanãs e a esquerda, Ninfas Lua.O Adjunto do Templo pode acompanhar, ou autorizar, sob sua responsabilidade, o Centurião que ainda não tenha realizado o Curso de Sétimo Raio.
Kazagrande
Extraído do livro “Ao Centurião”